EFEITO DA MANCHA DE CERCOSPORA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA, NO ESTADO DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v7n03p%25pKeywords:
Cercospora zeae-maydis, Zea mays L., cercosporiose, dano.Abstract
A mancha de Cercospora é uma importante doença do milho, no Estado de São Paulo. Pela sua relevância, este trabalho objetivou avaliar a influência da severidade dessa doença sobre a produtividade do milho, nas safrinhas de 2004 a 2008. Foram conduzidos ensaios de avaliação de cultivares, com 44 a 60 híbridos simples e triplos de milho, sendo 19 ensaios em 2004, 15 em 2005, 16 em 2006, 16 em 2007 e 15 em 2008. As avaliações da severidade da doença foram feitas nas plantas, no estádio de grãos pastosos, atribuindo notas de 1 a 9 (0; 1; 2,5; 5; 10; 25; 50; 75 e mais de 75% de área foliar afetada). Os resultados permitiram constatar correlação negativa significativa da severidade da mancha de Cercospora com a produtividade em 16 dos 35 ensaios onde a doença incidiu. Para quantificar o efeito da mancha de Cercospora sobre a produtividade nesses 16 ensaios, procurou-se minimizar a dispersão causada pelas diferenças de potencial produtivo, além de tolerância das cultivares à doença, e demais fatores, agrupando-as em classes de intensidade de doença, com base no teste de Scott-Knott a 5%, obtendo-se as médias de severidade e de produtividade em cada classe. O ajuste de equações lineares a esses dados permitiu estimar, nos intervalos estudados em cada ensaio, a redução de produtividade em função da severidade doença, sendo que esta foi, em média, de 238kg/ha (4%) com nota 2; de 634kg/ha (11%) com nota 3; de 1.006kg/ha (17%) com nota 4 e de 1.574kg/ha (25%) com nota 5, em relação aos grupos com maior resistência à mancha de Cercospora, que apresentaram nota média de 1,4 e produtividade média de 5.655kg/ha. Esses resultados indicam que, a partir de baixas severidades da mancha de Cercospora, já podem ser observadas reduções na produtividade do milho e demonstram a importância do uso da resistência genética no controle da doença e na redução dos danos à produtividade da cultura.
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