EFEITO DE INSETICIDAS USADOS NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) SOBRE NINFAS E ADULTOS DE Doru luteipes (SCUDDER) (DERMAPTERA: FORFICULIDAE) EM SEMICAMPO

Autores

  • ANA CAROLINA REDOAN UFLA
  • GERALDO ANDRADE CARVALHO UFLA
  • IVAN CRUZ Embrapa Milho e Sorgo/LACRI.
  • MARIA DE LOURDES CORRÊA FIGUEIREDO Embrapa Milho e Sorgo/LACRI.
  • RAFAEL BRAGA DA SILVA UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v9n3p223-235

Palavras-chave:

lagarta-do-cartucho, predador, seletividade, tesourinhas.

Resumo

Doru luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae) é um dos principais agentes de controle biológico natural de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil, alimentando-se de ovos e lagartas pequenas em plantas de milho. O inseto compartilha o mesmo habitat da praga, colocando seus ovos no interior do cartucho da planta. Neste local, portanto, além da praga, são encontradas todas as fases do predador. Logo, qualquer aplicação de inseticida para o controle da praga afeta a população do predador. O objetivo deste trabalho foi avaliar em condições de semicampo a seletividade de diferentes inseticidas sobre ninfas de primeiro e terceiro instar e adultos de D. luteipes. Os insetos colocados no interior do cartucho da planta receberam os inseticidas através da pulverização com equipamento costal (pressão de 2,6 lb/pol2, bico tipo quick Jet 8003 e 282 litros/ha). Após a pulverização as plantas de milho foram cobertas com gaiolas feitas de armação de arame e tecido. As avaliações foram feitas às 24, 48 e 72 horas após a pulverização. Os inseticidas foram classificados de acordo com normas internacionais (IOBC). Para ninfas e adultos de D. luteipes o inseticida etofenproxi (30g i.a/ha) foi considerado levemente nocivo (classe 2); o clorfenapir (180g i.a/ha), moderadamente nocivo (classe 3) para ninfas e levemente nocivo (classe 2) para adultos; teflubenzurom/α-cipermetrina (12,7g i.a/ha) foi tóxico para ninfas de primeiro e terceiro instares (classe 4). Tiametoxan/λ-cialotrina (26,5/32,5g i.a/ha), foi considerado moderadamente nocivo para ninfas de terceiro instar e adultos, já para ninfas de primeiro instar foi nocivo. O inseticida espinosade (48g i.a/ha) foi levemente nocivo para ninfas de terceiro instar, moderadamente nocivo para as de primeiro e inócuo (classe 1) para os adultos. No entanto, triflumurom (24g i.a/ha) foi levemente nocivo para ninfas e adultos de D. luteipes, o que o torna mais seletivo, visto que sua toxicidade é a mesma independente da fase biológica do predador.

Biografia do Autor

ANA CAROLINA REDOAN, UFLA

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Minas Gerais(2007). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Entomologia. Mestre em Entomologia pela Universidade Federal de Lavras(2011).

GERALDO ANDRADE CARVALHO, UFLA

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1989), mestrado em Agronomia Fitossanidade pela Universidade Federal de Lavras (1993) e doutorado em Entomologia pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é sub-chefe do departamento de entomologia/ufla da Universidade Federal de Lavras e professor ajdunto iv da Universidade Federal de Lavras. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo Integrado de Pragas, atuando principalmente nos seguintes temas: seletividade, pesticidas, controle, controle biológico e inseticidas.

IVAN CRUZ, Embrapa Milho e Sorgo/LACRI.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1973), mestrado em Manejo Integrado de Pragas - Purdue University (1980) e doutorado em Entomologia pela Universidade de São Paulo (1986). Atualmente é pesquisador III da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, onde exerceu o cargo de Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento e de Chefe Geral da Embrapa Milho e Sorgo. Foi eleito presidente da Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), em 2000, criando a Revista Brasileira de Milho e Sorgo (1676-689X), sendo atualmente seu Editor chefe. É conselheiro e secretário regional da Sociedade Entomológica do Brasil. Em 2008 foi novamente eleito presidente da ABMS. Tem experiência em Agronomia, com ênfase em Fitossanidade, atuando principalmente na área de manejo integrado com ênfase ao controle biológico, tanto na agricultura convencional como na agricultura orgânica.

MARIA DE LOURDES CORRÊA FIGUEIREDO, Embrapa Milho e Sorgo/LACRI.

Pesquisadora Bolsista do CNPq do Instituto de Estudos dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste Brasileira (HYMPAR-Sudeste). Sede UFSCar- Laboratório Associado: Embrapa Milho e Sorgo/LACRI. Pós - doutorado na Embrapa Milho e Sorgo (2005/2007), doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2004), mestrado em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa (1997) e graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (1991). Áreas de atuação: Entomologia Agrícola (Spodoptera frugiperda, Diatraea saccharalis; pragas da cultura do milho); Controle Biológico (criação de pragas e inimigos naturais - parasitoides e predadores), Uso de feromônio para monitoramento de pragas, Seletividade de Inseticidas, Manejo Integrado de Pragas, Agricultura (Orgânica, Convencional e Transgênica), Ecologia Agrícola e Planejamento Ambiental

RAFAEL BRAGA DA SILVA, UFSCar

Biólogo, Bacharel Licenciado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas (2006), Mestre em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa , UFV (2009). Atualmente é estudante de Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar. Editor Associado da Revista Brasileira de Milho e Sorgo (RBMS). Tem experiência na área de Entomologia, atuando principalmente no controle biológico de pragas com espécies das famílias Braconidae, Coccinellidae e Ichneumonidae.

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Publicado

15-12-2010

Como Citar

REDOAN, A. C., CARVALHO, G. A., CRUZ, I., FIGUEIREDO, M. D. L. C., & SILVA, R. B. D. (2010). EFEITO DE INSETICIDAS USADOS NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) SOBRE NINFAS E ADULTOS DE Doru luteipes (SCUDDER) (DERMAPTERA: FORFICULIDAE) EM SEMICAMPO. REVISTA BRASILEIRA DE MILHO E SORGO, 9(3), 223–235. https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v9n3p223-235

Edição

Seção

Artigos Cientificos

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