INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA À ALTA TEMPERATURA DE SECAGEM EM SEMENTES DE MILHO POR MEIO DE PRÉ-CONDICIONAMENTO À BAIXA TEMPERATURA
DOI:
https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v3n02p%25pPalavras-chave:
secagem artificial, Zea mays L.Resumo
Sementes de milho maduras, sob condição de secagem natural, perdem água lentamente e tornam-se mais tolerantes a temperaturas de secagem mais elevadas, em conseqüência da ocorrência de mudanças físicas, fisiológicas e bioquímicas. O objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos do pré-condicionamento de sementes de milho, por meio de pré-secagem sob temperatura de 35ºC, sobre a tolerância à secagem a 50ºC. Para tanto, sementes de milho de três cultivares, colhidas com teores de água de 42,3%, de 37,2% e de 34,2%, foram submetidas à pré-secagem a 35ºC (précondicionamento), por períodos de 0, 4, 8, 16, 24, 32, 40, 48 e 56 horas, antes da secagem conduzida a 50ºC até 12% de teor de água. Após os períodos de pré-condicionamento, embriões foram analisados quanto aos conteúdos de glicose, sacarose e estaquiose. Após a secagem a 50ºC, as sementes foram avaliadas por testes de germinação, de primeira contagem de germinação, de frio, de condutividade elétrica, de peso de matéria seca de plântula e de comprimento de plântula. Em uma das cultivares foi determinada a atividade da enzima α-amilase. As sementes recém colhidas são tolerantes a 35ºC e intolerantes a 50ºC, mas tornam-se tolerantes a essa temperatura após a pré-secagem a 35ºC (précondicionamento) até que atinjam teores de água entre 25,3 e 28,5%. As sementes intolerantes a 50ºC apresentam menores germinação, vigor e atividade enzimática. Coincidentemente com a aquisição de tolerância a 50ºC, ocorrem a diminuição de glicose e o aumento de rafinose; o conteúdo de sacarose parece não sofrer alteração durante a transição do estado de intolerância para o de tolerância.
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