CONTROLE QUÍMICO DO MÍLDIO (Peronosclerospora sorghi) EM SORGO

Autores

  • NICÉSIO FILADELFO JANSSEN DE ALMEIDA PINTO
  • CARLOS ROBERTO CASELA
  • ALEXANDRE DA SILVA FERREIRA

DOI:

https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v5n01p%25p

Palavras-chave:

Sorghum bicolor, fungicidas, sementes, downy mildew.

Resumo

Sementes de sorgo da cultivar SC 283, altamente suscetível a Peronosclerospora sorghi, foram utilizadas nos três experimentos deste trabalho. Para avaliação do controle de conídios de P. sorghi veiculados pelas sementes, estas foram previamente tratadas com os seguintes fungicidas (g i.a.100/kg sementes): metalaxyl-M + mancozeb (5,6 + 89,6), metalaxyl-M + chlorothalonil (15,0 + 150,0), fosetyl-Al (240,0), propamocarb (722,0), metalaxyl-M (75,0), metalaxyl-M (37,5), fludioxonil + metalaxyl-M (12,5 + 5,0) e fludioxonil + metalaxyl-M (25,0 + 10,0). A seguir, as sementes foram pré-germinadas, inoculadas com conídios de P. sorghi e semeadas em solo esterilizado, em casa de vegetação. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com nove tratamentos em quatro repetições. Os resultados evidenciaram, aos 15 dias após a semeadura, que metalaxyl-M + mancozeb, metalaxyl-M + chlorothalonil, metalaxyl-M e fludioxonil + metalaxyl-M foram altamente eficientes no controle do míldio sistêmico do sorgo ( 97,2 a 100,0%). Para avaliação da proteção das sementes contra oosporos de P. sorghi presentes no solo e na palhada de sorgo, as sementes foram tratadas com os seguintes fungicidas (g i.a.100/kg sementes): metalaxyl-M + mancozeb (5,6 + 89,6), metalaxyl-M + mancozeb (7,3 + 116,5), metalaxyl-M + chlorothalonil (15,0 + 150,0), metalaxyl-M + chlorothalonil (19,5 + 195,0), metalaxyl-M (37,5), metalaxyl-M (75,0), metalaxyl-M + fludioxonil (5,0 + 12,5) e metalaxyl-M + fludioxonil (9,0 + 22,5). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com nove tratamentos em quatro repetições, sendo as parcelas estabelecidas em solo com restos de cultura de sorgo contaminados com oósporos de P. sorghi. As plantas foram avaliadas 45 dias após a semeadura, sendo que o fungicida metalaxyl-M (75,0g i.a.100/kg) promoveu proteção absoluta contra a infecção sistêmica causada por oosporos de P. sorghi. Para estudos de controle do míldio através de pulverização foliar de fungicidas, linhas espalhadoras de inóculo de P. sorghi foram antecipadamente estabelecidas lateralmente às parcelas. Os seguintes fungicidas foram utilizados (g i.a./ha): metalaxyl-M + mancozeb (100,0 + 1600,0), metalaxyl-M + mancozeb (72,0 + 1152,0), metalaxyl-M + chlorothalonil (135,0 + 1350,0), metalaxyl-M + chlorothalonil (101,2 + 1012,5), fosetyl-Al (2000,0) e fosetyl-Al (1440,0). O delineamento foi de blocos ao acaso, com sete tratamentos em quatro repetições. As aplicações dos fungicidas, com início 21 dias após o plantio e em número de quatro, foram realizadas com pulverizador costal manual, a intervalos de 14 dias. Decorridos 14 dias da última pulverização, os resultados mostraram que plantas de sorgo tratadas com os fungicidas metalaxyl-M + mancozeb e metalaxyl-M + chlorothalonil não apresentaram míldio sistêmico e localizado, atendendo, assim, o padrão de lavoura (zero %), enquanto que a testemunha sem fungicida apresentou 17,4% de plantas com míldio sistêmico e localizado.

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Publicado

16-05-2010

Como Citar

PINTO, N. F. J. D. A., CASELA, C. R., & FERREIRA, A. D. . S. (2010). CONTROLE QUÍMICO DO MÍLDIO (Peronosclerospora sorghi) EM SORGO. REVISTA BRASILEIRA DE MILHO E SORGO, 5(01). https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v5n01p%p

Edição

Seção

Artigos Cientificos