ALTERAÇÕES NAS PROPRIEDADES GENÉTICAS DA POPULAÇÃO CMS-39 SUBMETIDA À SELEÇÃO MASSAL PARA PROLIFICIDADE
DOI:
https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v1n03p%25pPalavras-chave:
Zea mays.Resumo
A seleção recorrente tem por finalidade aumentar a freqüência dos alelos favoráveis. Entretanto, deve ser mantida a variabilidade, para se ter contínuos ganhos com o processo seletivo. Para atingir esse objetivo, existem inúmeras opções de métodos de melhoramento. Um deles é a seleção massal para prolificidade, fundamentada na correlação genética positiva e alta entre o número de espigas por planta (prolificidade) e a produtividade de grãos e a maior herdabilidade do caráter sob seleção. Na avaliação de seis ciclos de seleção massal para prolificidade, na população CMS-39, ao contrário de alguns resultados relatados na literatura, não ficaram evidenciados ganhos para a produtividade de grãos, embora tenha sido detectado ganho para prolificidade. Uma das possíveis causas do insucesso seria devido à ausência de variabilidade genética dos caracteres envolvidos na seleção. Para comprovar a hipótese formulada e verificar se houve alterações nos componentes da variância genética da população CMS-39, do ciclo original (C0) e do quinto ciclo (CV) seletivo, foi realizado o presente trabalho. Para isso, foram avaliadas 200 famílias S1 e as correspondentes 100 famílias de meios-irmãos e 100 de irmãos germanos, para o C0 e CV, perfazendo um total de 400 famílias para cada ciclo seletivo. Essas avaliações foram realizadas em duas localidades no sul de Minas Gerais, Lavras e Ijaci, utilizando o delineamento látice triplo 10 x 10. As características avaliadas foram produtividade de espigas despalhadas e prolificidade. As estimativas dos componentes da variância genética e herdabilidade evidenciaram a existência de variabilidade na população CMS-39 e mostraram que o insucesso da seleção anteriormente realizada não pode ser atribuído à ausência de variabilidade genética. Contudo, as estimativas da herdabilidade (h2) para o caráter prolificidade não foram superiores à da produtividade de espigas despalhadas e as correlações genéticas entre os dois caracteres não foram altas, demonstrando que a seleção indireta não seria uma boa alternativa nessa situação. Não ficou evidenciada redução nas estimativas dos componentes da variância genética da população do CV em relação à população do C0, demonstrando que o método seletivo utilizado não explorou toda a variância genética disponível. As estimativas do componente D1, que é a covariância entre os efeitos médios dos alelos e os efeitos de dominância dos homozigotos, foram negativas em quase todas as situações, indicando que a freqüência dos alelos favoráveis para esses caracteres, na população CMS-39, deve ser baixa. A variância aditiva explicou, em média, mais de 75% da variação genética total, permitindo inferir a predominância dos efeitos aditivos no controle de todos os caracteres considerados.
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